Entre os 26 municípios dos Campos Gerais, Reserva, com incremento de 44,6% em sua produção agrícola teve a maior alta da região. No total, 12 municípios tiveram crescimento na produção e outros 14 tiveram queda, mas apenas um com queda maior que 10% (Carambeí, com baixa de 11,4%). Abaixo da cidade de Reserva, as maiores altas estão em São João do Triunfo com alta de 35,27%, e Cândido de Abreu, com elevação de 32,28%. A redução registrada na maior parte dos municípios paranaenses ocorreu pela queda na produção de grãos, que é a base agrícola dos Campos Gerais, especialmente tendo em comparação os números de 2017, quando foi registrada a ‘super safra’.
A maior área plantada é de Tibagi, seguida por Castro e Ponta Grossa. Na proporção área x riqueza, destaque para São João do Triunfo, que embora tenha a 5ª menor área plantada da região (20,1 mil hectares), possui a 7ª maior geração de riquezas (R$ 298,9 milhões), em função da produção de fumo, que possui alto valor agregado. Por outro lado, o município com a menor área plantada e o menor valor gerado foi Telêmaco Borba, com 798 hectares e R$ 3,2 milhões produzidos.A produção do Paraná somou a marca de R$ 41,33 bilhões em 2018. Esse valor corresponde a 12% de toda a produção nacional. Dentro desses R$ 41,3 bilhões, os 26 municípios dos Campos Gerais foram responsáveis por R$ 5,94 bilhões, ou seja, o equivalente a 14,3% da produção estadual. Em âmbito nacional, os Campos Gerais produziram 1,72% das riquezas na agricultura do país. O valor cresceu quase 1% em relação a 2017, quando atingiu R$ 5,86 bilhões. Por estados, o que mais gerou riquezas foi São Paulo (15,5%), seguido por Mato Grosso, que aumentou seu percentual de 13,7% para 14,6%
Produção cresceu 8,3% em 2018 e somou R$ 343 bi
O valor total da produção no país foi de R$ 343,5 bilhões, valor 8,3% superior ao registrado no ano passado, o maior da série histórica iniciada em 1974. Entre os 30 municípios com os maiores valores, 15 estão no Mato Grosso; outros cinco estão no Mato Grosso do Sul e mais cinco na Bahia. A soja foi responsável por 37,1% do valor da produção agrícola, mantendo-se no topo há mais de 20 anos. Na sequência, os principais produtos foram a cana (15,2%), o milho (11,0%), o café (6,6%) e o algodão herbáceo em caroço (3,7%)
Municípios da região são destaque no país
Dois municípios da região dos Campos Gerais estão entre os 100 mais importantes do Brasil no âmbito da produção agrícola. Tibagi e Castro aparecem na lista dos principais geradores de riquezas no campo do país, divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Produção Agrícola Municipal (PAM), a qual não inclui a pecuária. Somente no município de Tibagi, em uma área plantada de 167,8 mil hectares, o valor da produção agrícola atingiu R$ 669,2 milhões no decorrer de 2018, o 59º maior resultado do Brasil, e o segundo do Sul do Brasil, atrás apenas de Guarapuava (R$ 794 milhões, a 47ª do país).
Quanto a Castro, é o segundo principal produtor agrícola da região, quarto do Paraná, atrás também de Cascavel. Com R$ 554,3 milhões em produção no decorrer de 2018, ocupa a posição 83 no ranking nacional. Em Tibagi e Castro, destacam-se a produção de soja, milho e trigo. “Tibagi é um município privilegiado por terras férteis, e temos produtores que investem muito, em tecnologia de ponta, para que o município seja o maior produtor de trigo do Brasil e grande produtor de soja no Paraná. E temos muito forte também a agricultura familiar, de pessoas que começam a olhar para os orgânicos, através do cooperativismo e associações”, ressalta o prefeito de Tibagi, Rildo Leonardi.
Quem são os lideres no Brasil
Em relação aos municípios, o maior valor de produção foi em São Desidério (BA), que saiu da 3ª para 1ª posição, com R$ 3,6 bilhões. Os produtos mais importantes do município são a soja, o algodão e o milho. Sapezal (MT), com R$ 3,3 milhões, se manteve na segunda, sendo o algodão, a soja e o milho os principais produtos cultivados.