Agropecuária

Soja despenca mais de 40 pontos na Bolsa de Chicago nesta tarde de 6ª feira

Depois de uma semana intensa de baixas, o mercado aqueceu ainda mais seu recuo e terminou o pregão desta sexta-feira (22) com perdas de quase 60 pontos na Bolsa de Chicago entre os contratos mais negociados. Assim, o março e o maio encerraram a sessão com US$ 13,11 e o agosto, US$ 12,54 por bushel. Os futuros da oleaginosa acompanha seus mercados vizinhos, com o trigo e o milho também perdendo mais de 3% na CBOT. 

O mercado registra um movimento técnico, de vendas generalizadas de posições por partes dos fundos investidores, apoiado nas notícias de novos casos de Peste Suína Africana na China e em condições melhores de clima na América do Sul, como explicam analistas e consultores. 

“São vendas técnicas, pressão vinda de fundos de gestão ativa. América do Sul é o centro das atenções. Apesar de muitas outras variáveis terem entrado no mercado este ano-safra, vale lembrar que ainda estamos em pleno mercado climático para a safra sul-americana. A especulação continuará sensível à qualquer variação do clima, até que a demanda volte a tomar conta deste mercado”, explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios.

Todavia, Pereira reafirma que este ainda é um mercado altista no longo prazo. “Assim como estamos alertando há meses, essa safra 2020/21, assim como foi a safra 2019/20, é mercada pelo descompasso no crescimento da produção e da demanda. O desequilíbrio na balança de oferta e demanda existe, e ele continua tendenciado para preços ainda mais altos da soja e milho”, diz.

E falando em demanda, nesta sexta-feira o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou novas vendas de soja para a China, como já tinha feito também ontem, além de vendas semanais para exportação bem acima das expectativas do mercado. 

Na semana encerrada em 14 de janeiro, as vendas de soja para exportação dos EUA foram de 1,817,7 milhões de toneladas, com a China ainda respondendo pela maior parte do volume. O mercado esperava algo entre 750 mil e 1,5 milhão de toneladas. Em todo ano comercial, o país já comprometeu 57,367,5 milhões de toneladas do total estimada pelo USDA para a temporada de 60,69 milhões de toneladas. O volume já vendido supera o do ano anterior em 84%. 

“Não vai ter mais soja no mundo para o mercado consumir e os preços vão subir”, explica Liones Severo, consultor de mercado e diretor do SIMConsult, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta, afirmando que o mundo registra, atualmente, a mais ampla escassez de grãos – soja, milho e trigo – dos últimos anos. “A escassez soberana nos EUA é evidente e já reconhecida por todo mercado”. 

Redação Reserva News

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