Em manifestação pacífica e criativa, empresária reservense protesta contra lockdown

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A suspensão do funcionamento dos serviços e atividades considerados não essenciais tem provocado a insatisfação de empresários em Reserva.

Devido à súbita elevação dos índices relacionados à doença, com a proximidade de um estrangulamento no sistema público de saúde, na sexta-feira (26/02), o governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou, entre outras ações, a suspensão do funcionamento dos serviços e atividades considerados não essenciais em todo o Estado. O prefeito de Reserva também seguiu o decreto estadual de número 6.983/2021 que entrou em vigor à 0h de sábado (27) e tem validade até as 5 horas do dia 08 de março.

A proprietária da Calçados Juventude, uma das mais tradicionais lojas de Reserva, que foi inaugurada no ano de 1.986, portanto 35 anos de atividades, realizou um protesto silencioso na tarde desta quinta-feira (04/03), contra as medidas restritivas impostas pelo Governo do Estado e endossadas pelo Prefeito Municipal de Reserva.

A loja de propriedade de Vaneide Alcântara, exibia frases de protesto contra o fechamento do comércio considerado não essencial

Fachada da Calçados Juventude, com protesto contra o fechamento do comércio, que tem prejudicado comerciantes em Reserva.

“Estão matando nossas empresas e nossos empregos”, “Fechado por decreto Estadual e Municipal”, estão entre as mensagens inseridas na fachada de sua loja, localizada na região central do município de Reserva, ao lado da Igreja Matriz

Essa manifestação ilustra o que está acontecendo no comércio em todo o país. Os lojistas que resistiram a 2020 começam este ano fazendo conta para ver se é possível manter o negócio.

“É claro que há necessidade de controlar a pandemia, mas o comércio não pode pagar o preço pela desarticulação no enfrentamento da covid-19”, afirma Denise Lopata, proprietária da loja de confecções que leva o seu nome e que também está fechada em virtude do decreto.

Entre as atividades não essenciais com veto de funcionamento estão, por exemplo, as lojas de roupas, de calçados, salões de beleza, entre outras.

Para Vaneide Alcântara, “É uma manifestação a favor da retomada segura e sobrevivência do setor, os pequenos empresários, dependem do faturamento do mês para pagar fornecedores, funcionários e levar algum dinheiro para casa”.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas no Brasil em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19. Esse número é calculado a partir da diferença entre o total de abertura e de fechamento das lojas.

As micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos comerciais fechados. Todas as unidades da federação registraram saldos negativos.

No ultimo dia 01/03, o presidente da Acere – Associação Comercial, Empresarial de Reserva, o Sr. Sérgio Ouchi e o vereador Augusto Lopata, atual vice-presidente dessa entidade , estiveram reunidos com o Chefe do Poder Executivo Municipal, pedindo a reabertura do comércio não essencial no município, ocasião em que o prefeito municipal colocou a necessidade de aderir ao decreto do governador, mantendo o decreto municipal, acompanhando o decreto  estadual.

Redação Reserva News

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