Regional

Gêmeos morrem com dois dias de diferença em Ponta Grossa após tomarem ‘kit Covid’

Dois irmãos gêmeos de 47 anos morreram de Covid-19 com uma diferença de apenas dois dias em Ponta Grossa. Genilton Rodrigues começou a apresentar os sintomas em 8 de fevereiro, mas só foi internado em 14 de fevereiro. Seu irmão, Jailson Gomes, foi diagnosticado com a doença em 16 de fevereiro, porém só foi hospitalizado em 21 de fevereiro.

Genilton morreu no último sábado (13) e o irmão na segunda-feira (15). Os dois inicialmente procuraram atendimento médico, mas receberam o chamado “kit covid” com medicamentos como a azitromicina, que não tem eficácia comprovada para o tratamento da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e foram mandados para casa. Dias depois, o estado de saúde deles começou a piorar e precisaram ser hospitalizados em dias diferentes.

“Na segunda-feira (8), ele teve dor de cabeça, um pouco de dor no corpo. E na quarta-feira (10), ele fez o teste e já deu positivo. Aí já ficou em casa tomando os medicamentos necessários, os remédios básicos para os primeiros sintomas, que é azitromizina, vitamina D, C, zinco e, se desse febre, Novalgina 1 g”, relatou a esposa de Genilton, Zenei Pepe Rodrigues, 48 anos.

Antes de ser internado, Genilton fez uma radiografia que mostrou comprometimento no pulmão. No primeiro dia no hospital, ele ficou em um quarto com respirador, mas no dia seguinte teve uma parada cardíaca foi intubado e levado para a UTI do Centro Hospitalar São Camilo, que é particular. “Ele ficou na UTI até dia 13 de março, quando veio a entrar em óbito. Foi essa nossa luta por 28 dias”, acrescentou Zenei.Genilton era proprietário de um mercado e padaria e tinha três filhos – duas adolescentes gêmeas de 17 anos e um adolescente de 16 anos. Ele era casado há 21 anos.

Jailson procurou o hospital uma semana depois. A família primeiro tentou encontrar leito, mas sem sucesso. Apesar de não ter plano de saúde, ele foi levado para o mesmo hospital onde estava Genilton. “Ele primeiro ficou dois Na última sexta-feira (12), a família ficou sabendo que a conta no hospital já estava em R$ 110 mil e teriam que pagar 40%, segundo Zenei. Uma vizinha da família decidiu criar uma vaquinha para criar fundos e ajudar a quitar a dívida. Além disso, a esposa de Jailson vendeu um carro do marido para abater no valor da conta.

Fonte - UOL
Redação Reserva News

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