Agropecuária

Estiagem e atraso no plantio do milho reduzem estimativa de safra de grãos no Paraná

O Paraná registrou redução na estimativa de produção de grãos na safra 2020/2021, de acordo com relatório de abril do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab).

O estado poderá produzir 40,6 milhões de toneladas de grãos, em uma área de 10,4 milhões de hectares nesta safra. A previsão no início do ciclo era de produzir 42 milhões de toneladas, segundo o Deral.

Na avaliação do departamento, a redução se deve principalmente por causa da revisão nos números da produção de milho, atingido pela estiagem e também pelo atraso no plantio.

A estimativa de produção para a segunda safra do grão indica um volume de 12,2 milhões de toneladas, 2,3 milhões abaixo do esperado no início da safra 2020/2021, informou o relatório.

Outras culturas também foram afetadas pela estiagem prolongada que o Paraná enfrenta desde o ano passado. A estimativa inicial para a produção de soja, por exemplo, que era de 20,6 milhões de toneladas, registrou uma queda de cerca de 800 mil toneladas.

A estiagem, aliada ao frio dos últimos dias, também refletiu negativamente nos índices de produção do feijão da segunda safra, conforme o Deral. Se o relatório do mês anterior indicava a produção de 491 mil toneladas, agora espera-se um volume de 394 mil, redução de aproximadamente 25%.

Situação do milho
Mesmo com queda de 16% na estimativa de produção, o volume previsto de produção do milho de segunda safra no Paraná é 3% do que a anterior, quando foram colhidas 11,9 milhões de toneladas. A área está estimada em 2,5 milhões de hectares, 8% superior à do ano passado.

Conforme o departamento, a preocupação neste momento é suprir o consumo interno, já que o Paraná demanda alta quantidade de milho para a cadeia de proteína animal.

A redução da disponibilidade interna abre espaço para importação do produto. Essa relação reflete nos preços. Na semana passada, a saca de 60 kg foi comercializada por R$ 95,68. Em abril do ano passado, o valor estava próximo de R$ 40,00, um aumento de 139%.

“Os índices ainda são preliminares, já que algumas regiões, como Londrina, ainda não concluíram o plantio. Conforme as condições do clima nas próximas semanas, os técnicos poderão ter uma avaliação mais completa”, explica o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Segundo ele, das lavouras que estão a campo, 40% têm condições consideradas boas, 42% médias e 18% ruins. Entre as regiões com redução na produção, estão o noroeste (-25%), oeste (-23%), centro-oeste (-17%) e sudoeste (-17%).

Já na região norte, onde os produtores plantam mais tarde, estima-se redução de 6%.

Redação Reserva News

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