A partir de hoje, inicio a colaboração no Portal Reserva News, trazendo conteúdos sobre Psicologia. Para começar a falar da Psicologia, é importante saber como ela se originou.
A Psicologia no Brasil celebrou no último dia 27 de Agosto, 60 anos em que foi regulamentada como profissão. Deu-se através da publicação da Lei nº 4.119, no dia 27 de agosto de 1962, pelo então Presidente da República, João Goulart. Em 1971, por meio da Lei nº 5.766, foram criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia – que constituem o Sistema Conselhos de Psicologia, hoje com 24 regionais.
Antes de se tornar uma profissão regulamentada, a Psicologia era exercida principalmente por médicos e profissionais ligados à educação, sendo que a formação em Filosofia se dedicava mais aprofundadamente à matéria.
O primeiro Laboratório de Psicologia Experimental que se tem história foi fundado na Alemanha, na cidade de Leipzig em 1879, por Wilhelm Wundt. A partir desse momento, a ciência psicológica avança, espalhando-se por todo o mundo.
Essa ciência chega ao Brasil no início do século XIX pelos cursos de formação de professores e de pedagogia; alguns anos mais tarde pela “psicologia industrial”, com a maior industrialização dos centros urbanos.
A profissão do Psicólogo no Brasil inicia-se com a criação das faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia em 1833 e até o final do século XIX, não havia nenhuma sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico.
Na década de 1840 foram criados os primeiros hospícios no Brasil, baseando-se na necessidade de oferecer tratamento adequado aos “loucos”, que de 1808 a 1890 viviam nas ruas, prisões e nas “casinhas de doudos” das Santas Casas de Misericórdia.
A primeira tese que trata do fenômeno psicológico no Brasil foi defendida por Manoel Ignacio de Figueiredo Jaime, em 1836, com o título: “As paixões e afetos d’alma em geral e em particular sobre o amor, a amizade, a gratidão e o amor da pátria”.
No Brasil, a Psicologia começou a ser escrita através de relatórios médicos. Henrique Roxo tem o mérito de haver sido, o primeiro a orientar no Brasil, os estudos práticos com testes, usando as provas de Binet-Simon no Hospício Nacional. Foi ele o organizador do laboratório de experimentação psicológica, junto à cátedra de Psiquiatria. Dele partiram a ideia e o esforço de associar a Psicologia Experimental à Neurologia e à Psiquiatria.
A formação do psicólogo o habilita a atuar em qualquer uma das áreas da psicologia descritas na Resolução CFP 13/2007, sendo elas: Psicologia Clínica; Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia do Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia.
A Psicologia é ao mesmo tempo uma ciência que nos permite aprender considerações fundamentais sobre o comportamento humano, sendo também uma prática profissional que aprova a aplicação desses conhecimentos para auxiliar o autoconhecimento, incentivando a percepção dos problemas que os pacientes trazem às sessões, buscando a promoção do bem-estar, saúde e desenvolvimento humano em toda a sua potencialidade.
Os profissionais da Psicologia têm suas ações pautadas pelo código de ética, aprovado pelo Conselho Federal De Psicologia, órgão máximo que rege a profissão no país. Atualmente, há cerca de 440 mil Psicólogas e Psicólogos em todo o território nacional, o que faz do Brasil o país com o maior número de profissionais da Psicologia em todo o mundo.
REFERÊNCIAS
ANGELINI, Arrigo Leonardo. Subsídios para história da psicologia no Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=imqXwiBpGoo&t=1914s
CARPIGIANI, Berenice. Psicologia: das Raízes aos Movimentos Contemporâneos. São Paulo: Editora Pioneira, 2000
Código de Ética Profissional dos Psicólogos, Resolução n.º 10/05, 2005. Psicologia, ética e direitos humanos. Comissão Nacional de Direitos Humanos.
Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região (org.) Exposição 50 anos da psicologia no Brasil: A História da psicologia no Brasil./ Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região. – São Paulo: CRPSP, 2011