Dados fazem parte de Painel do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e englobam qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima, como maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas.
O acolhimento às mulheres vítimas de violência é um aspecto fundamental na luta contra a violência de gênero. Sobretudo o apoio emocional psicológico é essencial para ajudar as mulheres a superarem o trauma e reconstruírem suas vidas.
A violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos e pode ter consequências devastadoras para a saúde física e mental das vítimas.
De acordo com Daniele Dower Ronqui, coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Unopar Anhanguera, o acolhimento proporciona um ambiente seguro onde as mulheres podem se sentir protegidas e livres de ameaças.
“Muitas vezes, as vítimas de violência vivem em constante medo e insegurança, e um espaço acolhedor pode ser o primeiro passo para a recuperação de problemas como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático”, indica.
No Paraná, neste ano de 2025, contabilizando até o início deste mês de agosto, já foram registrados 7.978 casos de violência (qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Como maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher. Ano passado, o estado paranaense contabilizou 20.592 casos. Os dados são do Painel do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Somente na capital paranaense, Curitiba, já foram registrados 1.927 casos de violência contra o gênero.
Diante desse cenário, Daniele ressalta que o acolhimento também deve incluir orientação sobre os direitos das mulheres e os recursos disponíveis para elas. “Muitas vítimas de violência não estão cientes de seus direitos ou dos serviços que podem acessar, como abrigos, assistência jurídica e programas de apoio financeiro. Informar e orientar essas mulheres sobre suas opções é essencial para emponderá-las e ajudá-las a tomar decisões informadas sobre seu futuro”, explica.
No Paraná, A Polícia Civil (PCPR) dedica atenção especial ao atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica, familiar ou sexual. A mulher vítima de violência, com 18 anos ou mais de idade, pode registrar seu Boletim de Ocorrência pela internet.
Além disso, é possível realizar o BO na Delegacia da PCPR local ou na Delegacia da Mulher, nas cidades que contam com esta especializada.
“A colaboração entre diferentes entidades pode garantir que as vítimas recebam um atendimento abrangente e coordenado. Este processo não só beneficia as mulheres individualmente, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, enfatiza.
Fonte – Assessoria de imprensa – Anhanguera.