Setembro Amarelo: Paraná é 5º no ranking de suicídios no Brasil, alerta psicóloga

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos no mundo. Além disso, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio e estima-se que o número real ultrapasse 1 milhão por conta da subnotificação.

No Brasil, a média é de 14 mil mortes anuais, sendo 38 pessoas por dia, com a maioria dos casos ligada a transtornos mentais como depressão, ansiedade, bipolaridade e dependência química — muitas vezes não diagnosticados ou tratados de forma adequada.

Ainda segundo o Mapa de Segurança Pública, do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), somente em 2024 no Brasil, foram 16.218 registros, com maior predominância de homens entre as vítimas. Desse total de registros no país no ano passado, 12.669 corresponderam a pessoas do sexo masculino, 78% do total, enquanto 3.463 envolveram pessoas do sexo feminino, equivalendo 21,63%. Esse padrão de prevalência do sexo masculino tem se mantido estável.

O estado do Paraná, segundo o Sinesp, considerando 2024, foi o quinto estado com o maior número de suicídios, com 906 casos. São Paulo lidera o ranking de ocorrências (2.921 registros), seguido de Minas Gerais (2.006 registros), o Rio Grande do Sul é o terceiro (1,506 registros), e Santa Catarina, o quarto colocado (981 registros).

Para a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Unopar Anhanguera, Heloisa Christina Mehl Gonçalves, conversar sobre suicídio é extremamente complexo e exige não apenas acolhimento, mas conhecimento, pois se trata de uma questão multifatorial.

“É um tema que não pode ser abordado de qualquer forma, já que, muitas vezes, há um estigma social em volta do suicídio, do adoecimento psíquico e transtornos mentais, mas são questões muito além disso para serem consideradas. Essa falta de compreensão do todo pode impedir que o indivíduo compartilhe suas dores e angústias com terceiros, o que dificulta até mesmo a procura por um profissional por parte da pessoa que está passando por algum problema”, alerta a psicóloga.

Para Heloisa, a partir de um acompanhamento profissional, informação de qualidade, apoio emocional e mais políticas públicas voltadas à Saúde Mental, essas mortes podem até ser evitadas.

DICAS DE CUIDADOS

A psicóloga alerta para algumas frases e comportamentos para se prestar a atenção. Confira:

Mudanças no Comportamento

Isolamento Social: A pessoa pode começar a se afastar de amigos, familiares e atividades que antes gostava.
Alterações no Sono: Insônia ou dormir excessivamente.
Mudanças no Apetite: Perda ou ganho significativo de peso.
Desinteresse: Perda de interesse em hobbies, trabalho ou outras atividades.

Expressões Verbais

Falar sobre Morte: Comentários frequentes sobre morte, suicídio ou sobre não querer mais viver.
Desesperança: Frases como “não vejo saída”, “não há solução”, “não vale a pena”.
Despedidas: Mensagens de despedida ou comportamentos que indicam que a pessoa está se preparando para partir.

Sintomas Emocionais

Depressão: Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e desamparo.
Ansiedade: Níveis elevados de ansiedade e preocupação.
Irritabilidade: Aumento da irritabilidade ou raiva.

Comportamentos de Risco

Abuso de Substâncias: Uso excessivo de álcool ou drogas.
Comportamentos Autodestrutivos: Automutilação ou outras formas de autolesão.
Impulsividade: Tomar decisões impulsivas e arriscadas.

Mudanças Físicas

Negligência Pessoal: Falta de cuidado com a aparência e higiene.
Fadiga: Cansaço extremo e falta de energia.
Histórico Pessoal

Tentativas Anteriores: Histórico de tentativas de suicídio.
Doenças Mentais: Diagnóstico de depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros.
Eventos Estressantes: Perda de emprego, término de relacionamento, morte de um ente querido.

Como Ajudar

Comunicação Aberta

Ouvir: Ofereça um ouvido atento e empático, sem julgamentos.
Perguntar: Pergunte diretamente sobre pensamentos suicidas, mostrando preocupação genuína, e acolhendo o que for dito.

Apoio Profissional

Encaminhamento: Incentive a busca por ajuda profissional, como psicólogos e psiquiatras.
Acompanhamento: Acompanhe a pessoa em consultas e ofereça suporte contínuo.

Ambiente Seguro

Remover Perigos: Elimine ou reduza o acesso a meios de suicídio, como armas, medicamentos e substâncias tóxicas. Monitoramento: Esteja presente e disponível para a pessoa, especialmente em momentos críticos

CVV – 188. Centro de Valorização da Vida, apoio emocional gratuito e sigiloso, disponível 24h em todo o Brasil.

No Paraná, a legislação já prevê ações de enfrentamento ao problema por meio da Lei nº 18.871/2016, atualizada em 2020 para instituir a Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, realizada anualmente em setembro. A norma inclui campanhas educativas, palestras e debates para orientar a população e identificar sinais de risco.

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Fonte – Assessoria de imprensa – Anhanguera.

Redação Reserva News

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