Francyelle Silvestre foi detida em Ribeirão do Pinhal, no norte do Paraná, acusada de estelionato. Segundo a Polícia Civil (PC-PR), ela confessou ter inventado uma gravidez e um câncer de mama para conseguir doações durante um programa de rádio.
De acordo com a delegada Keyane Frizon, Francyelle chegou à cidade na manhã de terça-feira (14) e se apresentou aos radialistas como moradora de Santa Amélia. Ela afirmou que estava vendendo rifas a R$ 20 cada para custear os supostos tratamentos de saúde. A mulher contou que estava grávida de sete meses e que precisaria passar por uma cesárea de emergência para iniciar o tratamento do câncer.
“Os radialistas se sensibilizaram muito com a história, que parecia verídica, e decidiram incluí-la no programa da hora do almoço, transmitido ao vivo”, explicou a delegada. Durante a transmissão, Francyelle disse ter 35 anos e detalhou como descobriu a doença, além de afirmar que seria levada para uma cirurgia em Curitiba por transporte de saúde de Abatiá.
Com a história falsa, ela arrecadou aproximadamente R$ 3 mil. No entanto, servidores de Abatiá que acompanhavam a transmissão estranharam as informações e entraram em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão do Pinhal, que confirmou que a mulher não estava em tratamento. A rádio, então, comunicou o fato à polícia.
A prisão ocorreu no mesmo dia, quando Francyelle voltou à emissora em busca de novas doações. Em depoimento, ela admitiu que havia inventado a história por estar com dívidas e que já não possuía mais o dinheiro arrecadado. A mulher foi encaminhada à Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina, onde aguarda audiência de custódia.
A rádio envolvida no caso, Terra Nativa, divulgou nota lamentando o ocorrido e esclarecendo que, a partir de agora, todas as campanhas de arrecadação passarão por verificação junto a órgãos competentes.
Em comunicado, a emissora afirmou:
“A partir de agora, toda campanha de ajuda ou arrecadação será feita apenas após verificação junto a órgãos competentes. Esse episódio não vai apagar o bem que já foi feito através deste microfone, nem a generosidade do nosso povo. Ele só serve de alerta: infelizmente, pessoas de má fé existem, mas o bem sempre vence.”
O caso serve de alerta sobre fraudes e reforça a necessidade de checagem em ações de arrecadação de recursos para causas sociais.
Fonte – Com informações de G1.