Perda de visão súbita, visão embaçada ou surgimento de pontos pretos no campo visual podem ser sintomas de oclusão arterial da retina, uma emergência médica que pode causar cegueira irreversível. Ocorre um bloqueio do fluxo sanguíneo na artéria central da retina, camada de tecido localizada na parte mais interna do olho que é responsável por detectar a luz e a converter em sinais elétricos enviados pelo nervo óptico ao cérebro, para serem interpretados como imagens.
A oclusão arterial da retina pode ser provocada por um coágulo de sangue ou por depósitos de colesterol ou cálcio que se desprendem e viajam pela corrente sanguínea. “Estes êmbolos podem ter origem nas artérias carótidas ou na aorta, ser provenientes de problemas nas válvulas cardíacas, ou causados por doenças autoimunes e leucemias. Enquanto se deslocam há risco de provocarem o fechamento da artéria oftálmica ou da artéria central da retina ou seus ramos”, esclarece o Prof. Dr. Michel Farah, oftalmologista do H.Olhos Unidade Ceosp , Hospital de Olhos da Rede Vision One.
“Outra importante causa da oclusão arterial da retina é a arterite de células gigantes (ACG), uma inflamação das artérias que ocorre especialmente na cabeça e pescoço. Mais comum em pessoas acima dos 50 anos, a inflamação dos vasos sanguíneos causada pela ACG pode levar ao bloqueio da artéria central da retina ou de seus ramos e provocar perda de visão repentina e irreversível. Neste caso, é importante que seja tratada imediatamente com altas doses de corticosteróides, que são gradualmente reduzidas à medida que os sintomas melhoram”, explica o médico.
Apesar de gravíssima, a oclusão arterial da retina é pouco comum, afeta uma a cada mil pessoas, a maioria homens na faixa dos 60 anos, podendo aumentar em idades mais avançadas, com pico de risco máximo próximo aos 80 anos. De acordo com o oftalmologista, “é fundamental que seja feita uma avaliação cuidadosa para doenças sistêmicas, uma vez que há correlação dessas alterações com o aumento da incidência de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco)”.
O Prof. Dr. Michel Farah alerta para os fatores de risco modificáveis mais importantes para prevenção da oclusão arterial da retina:
– Hipertensão arterial sistêmica;
– Gordura elevada no sangue e na massa corporal;
– Diabetes descontrolado;
– Doenças cardíacas;
– Tabagismo.
A agilidade no diagnóstico também é essencial para afastar o risco de quadros graves como o AVC, por isso é fundamental buscar um pronto-socorro oftalmológico em caso de sintomas. Em alguns casos, pode ser necessária uma avaliação multidisciplinar com clínico geral, cardiologista e reumatologista, para se evitar outras complicações da mesma origem em outros órgãos.
Fonte – Assessoria de Comunicação.
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