Hoje é Dia do Engenheiro Florestal : profissão é um elo de equilíbrio entre a parte econômica e a ambiental

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Sempre ligados à gestão ambiental e produção sustentável nas propriedades rurais, cidades e áreas naturais, estes profissionais são responsáveis por demonstrar à sociedade a importância das árvores e seus ecossistemas associados. Essas são algumas das atribuições dos Engenheiros e Engenheiras Florestais, que são homenageados nesta terça-feira, dia 12 de julho.

O mercado de atuação do Engenheiro Florestal é amplo, com a possibilidade de trabalhar em diversas áreas, como topografia e georreferenciamento, licenciamentos ambientais, assistência técnica em perícias judiciais rurais, florestais e ambientais, arborização urbana e paisagismo, recuperação de áreas degradadas, produção de mudas e melhoramento genético de espécies vegetais, silvicultura e manejo florestal, tecnologia e produtos diversos com origem florestal. Além disso, a produção de produtos madeireiros e não madeireiros é ponto forte em empresas e propriedades rurais.

No município de Reserva, podemos observar o trabalho competente e ético de vários Engenheiros Florestais, entre os quais citamos:
Engenheiro Gilson Almeida atuando na regularização fundiária através do uso de equipamentos de precisão para o levantamento topográfico e realizando inventários florestais para subsidiar a comercialização de toras, indispensável matéria prima para a indústria madeireira da nossa cidade.

O Engenheiro Rennan Geraldo Ruivo, atuando na empresa Madvei na função de Gerente de suprimentos, Engenheiro Saymon Bruno Mendes Czekalski, empreendedor na indústria madeireira SBM e o Engenheiro Marcos Renan Martins Buss Costa, atuando na função Técnico em vendas de insumos agropecuários na empresa Casa Rural. 

O Paraná, por concentrar um volume expressivo de empresas do setor de celulose e madeira reflorestada, tem ambiente favorável para os profissionais, os quais atuam em todas as etapas do processo de produção, desde a semente até o produto final. Outro fator positivo é a quantidade de pequenas propriedades rurais, o que amplia as possibilidades de prestação de serviços, seja diretamente na área florestal ou nas áreas de atribuições mais abrangentes, como topografia e licenciamento ambiental.

 

Assim como as demais profissões existentes, a Engenharia Florestal também foi impactada positivamente pela tecnologia e inovação. O uso de imagens aéreas agilizou o planejamento e a execução dos serviços de campo, gerando economia de tempo de trabalho e mais precisão nos laudos e projetos.

Além disso, o uso de drones possibilitou o imageamento em tempo real e atual das propriedades. Outros avanços estão relacionados ao número de universidades que oferecem o curso no país, atualmente mais de 70, e instituições de pesquisa como a Embrapa e entidades estaduais, que contribuem com pesquisas e desenvolvimento permanente de tecnologias na área.

E os avanços tecnológicos não param por aí, tecnologias como a nanocelulose, a previsão de quedas de árvores mesmo antes dela cair, com uso de equipamentos como os tomógrafos, preservando a saúde das mesmas e evitando danos a infraestruturas urbanas e a vida humana, a integração da floresta ao meio urbano, a madeira engenheirada para a construção civil, os processos de medições de florestas como tecnologias como Lidar e Laser Scanner, entre outras, são exemplos bem atuais.

A profissão, voltada para quem gosta de ir a campo, mas que também atua em laboratórios e escritórios, tem desafios, principalmente os que estão relacionados à adequação das necessidades das propriedades rurais e cidades frente à legislação ambiental e a preparação dos ecossistemas do planeta frente aos desafios das mudanças climáticas.

O ensino florestal de nível superior teve início na Alemanha, na Academia Florestal de Tharandt, em 1911. No Brasil, o primeiro curso de Engenharia Florestal foi criado em Viçosa (atual UFV) em 1960, sendo posteriormente transferido para Curitiba (UFPR) e criado novo curso na UFV logo em seguida. O país foi o sexto país da América Latina a criar a carreira florestal. Atualmente, há cerca de 73 cursos de graduação em Engenharia Florestal em atividade no Brasil, além de diversos cursos de pós graduação na área, desde especializações até doutorado.

As áreas de atuação do Engenheiro Florestal são bem amplas, uma vez que a grade curricular contempla disciplinas desde a produção de mudas florestais até a colheita dos produtos madeireiros e não madeireiros. E nesse intervalo, todas as fases da silvicultura buscando sempre o equilíbrio entre a preservação ambiental e os processos produtivos. Normalmente são encontrados engenheiros florestais atuando em viveiros florestais, em empresas de silvicultura e de colheita, bem como nas áreas de planejamento onde a legislação florestal do nosso país não pode ser negligenciada.

Faz parte do dia a dia do produtor rural ter os serviços do Engenheiro Florestal à disposição dos seus interesses, seja no momento de regularizar sua propriedade através do levantamento topográfico, da adequação ambiental, do planejamento do uso do solo, da quantificação do volume de madeira existente na sua floresta e em todas as situações onde o meio ambiente, a produção florestal e a sustentabilidade estejam contemplados.

Redação Reserva News

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