Milho: 8 fatos para o produtor saber antes de fechar negócio

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Em um momento onde o preço do milho apresentou recuos significativos em abril e a cotação do cereal na Bolsa de Chicago (CBOT) apresenta quedas expressivas, o Canal Rural, com informações da consultoria Safras & Mercado, preparou um conteúdo especial sobre os assuntos que o produtor rural deve ficar atento na hora de decidir negociar a safra. Saiba mais!

Plantio nos EUA

O plantio do milho norte-americano registrou forte avanço. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a semeadura atingiu 27% até o domingo, 26, contra 20% na média dos últimos cinco anos. Normalmente, quando o plantio precoce acontece, o cereal apresenta alto potencial produtivo.

Além disso, a previsão do tempo indica que nos próximos 15 dias não há registro de algo que atrapalhe esses trabalhos de campo, que podem atingir entre 60% e 70% da área total do país até 10 de maio.

Demanda

Já as exportações de milho dos Estados Unidos seguem lentas enquanto a demanda interna não consegue se recuperar. Vale lembrar que o grão é muito utilizado para a produção de etanol e, com a pandemia do novo coronavírus, a procura pelo combustível caiu.

Outro ponto de atenção são os frigoríficos norte-americanos. Após o fechamento de diversas empresas por contaminação de funcionários pela Covid-19, as indústrias do país vão ser induzidas a manter as operações e terão proteção jurídica do governo norte-americano. Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um documento que obriga essas plantas a ficarem abertas.

Cotação internacional e relatório do USDA

O milho a US$ 3 por bushel na Bolsa de Chicago é ponto de sustentação importante até que a safra nos EUA seja definida em agosto. O mercado também fica de olho no relatório de oferta e demanda do USDA, em 11 de maio, já que o órgão oficial trará importantes dados sobre a safra 2020/2021 do cereal.

Preços e negócios no Brasil

A consultoria Safras afirma que os preços internos do milho seguem ‘tensos’ com liquidez. Com isso, muitos produtores e vendedores começam a acentuar negócios para exportação para garantir essa liquidez. Enquanto isso, as indústrias internas seguem fora de mercado ou procurando derrubar preços.

Demanda interna

A discussão de queda de demanda interna, por enquanto, não é real, afirma a empresa. “Ainda não há queda de demanda no setor de carnes e etanol. Os preços internos ainda dispõe de maio e junho para abastecimento”, diz o analista Paulo Molinari.

Clima

Enquanto isso, as perdas de safra no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Paraguai podem se agravar até junho. De acordo com a Somar Meteorologia, há risco de geadas afetarem a produção e as chuvas ficarem abaixo do normal.

Fonte - Canal Rural

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