Reserva lidera ranking de maior número de empresas do setor madeireiro no PR

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O polo Telêmaco Borba abriga a maior área de florestas plantadas do Estado do Paraná, com um total de 219.641 hectares, dividido quase igualmente entre pinus e eucalipto, possuindo a maior concentração de plantios de eucalipto no Paraná. Sua indústria é diversificada, com produção silvicultural direcionada para os segmentos
de serrarias, molduras e, principalmente, celulose e papel. Dessa maneira, o polo é caracterizado como produtor florestal e consumidor, com a presença de grandes maciços florestais, manejados em maior parte para processo, mas também para multiprodutos.

Tradicionalmente, é o maior polo produtor do Estado. Em 2019, apresentou um aumento de 4,2% na produção total de toras de madeira. A produção de madeira destinada à serraria e laminação cresceu no polo entre 2018 e 2019, mostrando uma diversificação maior da produção, que antes era majoritariamente para a indústria de celulose e papel. Este comportamento se relaciona ao aumento de raio da indústria de celulose e papel da região, que passou
a buscar este produto em outros polos.

Dos R$ 220 milhões movimentados por todo agronegócio em 2019, mais de R$ 200 milhões foram da silvicultura: R$ 179,4 milhões foram de madeira em tora para papel e celulose; R$ 14,4 milhões em madeira para lenha; R$ 5,8 milhões em mudas de pinus; R$ 3 milhões em tora para serraria, e mais R$ 1,9 milhão em mudas de eucalipto.

Os municípios que tradicionalmente produziam majoritariamente madeira para celulose e papel diversificaram a sua produção, reduzindo o volume destinado a este segmento. Em contrapartida, municípios como Cândido de Abreu, Reserva e Ventania aumentaram sua produção para celulose e papel, os dois primeiros em torno de 4% e Ventania cerca de 1%.

A produção de mudas de pinus e eucalipto na região é a maior em volume e valor. Mesmo possuindo o maior volume de produção no Estado, de acordo com a SEAB, o valor bruto da produção (VBP) florestal na região é o segundo maior dentre os polos, totalizando aproximadamente R$ 609 milhões.

Os municípios que o compõem são: Telêmaco Borba, Ortigueira, Reserva, Tibagi, Ibaiti, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Figueira, Curiúva, Imbaú, Ivaí, Cândido de Abreu e Ventania.

Em 2018, conforme dados disponibilizados pela Secretaria Especial de Previdência e Emprego do Ministério da Economia (SEPE-ME), o polo de Telêmaco Borba possuía 313 empresas florestais, a maioria (36%) no segmento de produção de florestas plantadas. O município de Reserva apresentou o maior número de empresas florestais,
com 84 estabelecimentos. Telêmaco Borba possuía 70 empresas florestais, das quais duas eram do segmento de produção de celulose. As empresas sediadas nesse polo possuíam 12.724 empregados, sendo 71% deles atuantes em Telêmaco Borba, município que emprega 6.801 pessoas apenas no segmento de celulose e papel.

Com a perspectiva de projetos de expansão industrial na região, em especial entre as indústrias de celulose e papel, o consumo de madeira para celulose tende a continuar aumentando em curto e médio prazos e se estabilizar após a consolidação da expansão, o que pode incentivar, também, a geração de empregos e o surgimento de novas empresas do setor florestal, principalmente na prestação de serviços.

O ponto de atenção fica na competição que as indústrias madeireiras que compõem o polo poderão enfrentar para obter a matéria-prima para desdobro, por exemplo. Esta competição pode levar estas indústrias a buscarem suprimentos mais longe da operação, afetando os resultados dos negócios. 

Redação Reserva News

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