Os preços da indústria são mensurados pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP). E esta é a primeira vez que apresenta seis recuos consecutivos desde o início da série histórica, em 2014.
No acumulado no ano, a queda é de 7,23% — a menor taxa para um mês de julho também desde o início da série histórica.
Uma das explicações para a queda é o menor preço do dólar. Somente em 2023, o dólar registra desvalorização de 8,4%. O custo das matérias primas que são importadas diminui, o que favorece o setor.
Além do dólar, há tendência de queda de preços em diversas commodities.
Este comportamento se reflete na maior deflação observada na indústria, que foi para alimentos. Os preços deste grupo caíram 1,36%.
Outras duas commodities que têm apresentado quedas ao longo do ano são os óleos brutos de petróleo e os minérios de ferro. Segundo especialistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, esses produtos impactam diversos setores da indústria nacional, como o de refino de petróleo e biocombustíveis e o de metalurgia, que têm apresentado quedas correntes e acumuladas na pesquisa.
Porém, vale observar que no mês de julho, especificamente, a alta de preços observada no petróleo está ligada à expectativa de diminuição de estoques nos Estados Unidos e corte na produção da Arábia Saudita e Rússia, que são importantes países ofertantes no setor.
O mesmo ocorre com os minérios de ferro, que tiveram alta neste último mês.
Esta pesquisa é realizada pelo IBGE e considera 2.100 empresas. Cerca de 6 mil preços são coletados mensalmente.
Fonte: Brasil 61