Um médico de 49 anos foi preso suspeito de importunar sexualmente uma criança de 10 anos, e uma adolescente de 15, em Laranjeiras do Sul, na região central do Paraná.
De acordo com a Polícia Civil (PC-PR), os crimes aconteceram no início da manhã de quinta-feira (25), em frente a duas escolas. Ele fugiu após cometer os atos, mas foi localizado pela polícia em Nova Prata do Iguaçu, a 140 km de Laranjeiras do Sul, onde trabalha. Conforme a polícia, o homem é de Guarapuava.
De acordo com o delegado Marcelo Trevisan, no momento que cometeu os crimes, o médico estava usando um moletom com capuz e uma máscara cirúrgica para não ser identificado. Ainda conforme o delegado, ele estava com um carro alugado.
Por envolver menores de 18 anos, a polícia não deu detalhes sobre como os crimes aconteceram e o nome do médico não foi revelado.
Ação conjunta para encontrar o médico
A Polícia Civil, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se mobilizaram para procurar o médico após denúncias.
Ele foi encontrado pela PM de Nova Prata do Iguaçu na casa da ex-esposa, onde recebeu voz de prisão.
Aos policiais, o homem falou que tem “obsessão” por esses atos e alegou que não consegue “se conter”.
De acordo com a Polícia Civil, o médico vai responder por dois crimes: importunação sexual, definida pelo Código Penal como “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
O médico também deve responder por satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, que segundo a legislação é “praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem”.
Em caso de condenação, os crimes podem render até nove anos de prisão.
Importunação sexual
A advogada Maíra Rechhia, especialista em gênero, explica que importunação sexual é praticar qualquer ato de cunho sexual sem o consentimento da vítima.
“É aquele beijo forçado, um toque, um apalpar, para satisfazer a si próprio sem que a vítima tenha dado consentimento em relação a isso. O ponto central desse crime é a ausência de consentimento”, afirma.
Fonte – Portal G1