Com “saudação e paz”, Dom Bruno Elizeu Versari convoca a comunidade diocesana a acompanhar com fé as mudanças no clero diocesano. O anúncio foi realizado no início da tarde desta quinta-feira, 04 de dezembro, ao vivo pela Rádio Sant’Ana. O bispo ressaltou que as transferências de padres não se trata de meras trocas, mas de uma resposta pastoral concreta às necessidades da Igreja. Quando um sacerdote é enviado a outra paróquia, ele leva consigo seu carisma e suas aptidões evangelizadoras, oferecendo‑as a outra comunidade. Essa dinâmica, afirma o bispo, enriquece tanto quem acolhe quanto quem se transfere, pois tanto o padre como a comunidade crescem no desafio de construir novos caminhos de evangelização, unidos em missão.
Segundo Dom Bruno, a transferência representa uma oportunidade para que as comunidades beneficiem-se dos diferentes dons dos sacerdotes. É também sinal de confiança: a Igreja envia cada padre onde “ela mais precisa”. Ao agradecer todos os sacerdotes que aceitaram essa missão, o bispo reafirma o compromisso da Diocese com o cuidado espiritual de todo o seu rebanho.
Na estrutura canônica da Igreja Católica, a transferência de um sacerdote não é um ato arbitrário: ela está regulamentada no Código de Direito Canônico (cânons 1740 a 1752), que trata da remoção ou transferência de pastores.
Para que um padre assuma nova missão, é necessário que o bispo diocesano, considerando o bem das almas e as exigências pastorais, decida a mudança, consultando o conselho de padres. A transferência, então, é precedida de diálogo, discernimento e convite ao sacerdote. Ele sai de uma comunidade e, ao ser acolhido em outra, passa a estar “incardinado” nela — ou seja, vinculado formalmente à nova diocese ou paróquia, garantindo que seu ministério continue dentro da estrutura canônica da Igreja.
Novas paróquias: presença da Igreja onde o povo cresce
Ao anunciar a criação de cinco novas paróquias, Dom Bruno destaca que a Diocese vive um momento especial: o jubileu centenário, ocasião propícia para marcar com generosidade este novo tempo de evangelização. As novas paróquias nascerão não apenas como unidades administrativas, mas como comunidades de fé, lugar de acolhida, escuta, sacramentos, catequese e vida fraterna, aproximando o sacerdote das famílias, sobretudo nas periferias e áreas mais vulneráveis, onde o crescimento da cidade é evidente.
Segundo a teologia paroquial, a paróquia é a comunidade estável de fiéis confiada a um pároco sob a autoridade do bispo; é nela que se vive a Igreja local, com celebrações litúrgicas, evangelização, caridade e comunhão. Criar novas paróquias significa, portanto, redescobrir territórios onde a Igreja ainda não tem presença estruturada e alcançar famílias recém chegadas, pessoas que vivem distantes dos centros urbanos e fortalecer a Igreja como “casa de todos”. A decisão de dividir ou fundar paróquias considera a realidade pastoral, demográfica e social da comunidade e busca garantir que o cuidado pastoral chegue de maneira mais eficaz a todos os fiéis.
Neste jubileu, a Diocese oferece esse presente à sua gente: cinco novos espaços comunitários para viver a fé, testemunhar o Evangelho e cultivar comunhão com proximidade e sensibilidade pastoral.
Vivemos um momento de graça na Diocese de Ponta Grossa: mudanças no clero, novos desafios e a expansão da estrutura paroquial, tudo guiado pelo desejo de servir ao povo com mais proximidade e carinho. Que cada mudança seja acolhida com fé e esperança, percebendo ao pastor que chega o dom de Deus, e à comunidade uma oportunidade de renovação espiritual e missão conjunta.























