Uma mulher de 37 anos foi presa na última semana em Ivaiporã, no norte do Paraná, suspeita de participar de um crime de estupro de vulnerável ocorrido no início deste ano em uma aldeia indígena, no município de Cândido de Abreu, nos Campos Gerais. Além do abuso, ela também é investigada por divulgar imagens do ato nas redes sociais.
A prisão preventiva foi cumprida pela Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Cândido de Abreu, com apoio da Delegacia de Manoel Ribas e do setor de inteligência da 18ª Subdivisão de Telêmaco Borba. A mulher já havia sido beneficiada com prisão domiciliar por estar com um filho recém-nascido, mas teve a medida revogada após perder a guarda da criança.
Segundo as investigações, a vítima, uma adolescente, estava desacordada e embriagada quando foi abusada por quatro pessoas — três mulheres e um homem. Durante o crime, os agressores registraram imagens e as compartilharam em redes sociais. De acordo com o delegado Raimundo Servo de Carvalho Neto, todos os envolvidos foram identificados e já respondem judicialmente.
“Foi uma situação de estupro em que a vítima estava desacordada. A investigação conseguiu identificar todos os autores, e o caso foi remetido ao Ministério Público. Atualmente, a ação penal está em andamento”, explicou o delegado. Ele destacou que, na época, o caso repercutiu fortemente em Cândido de Abreu devido à gravidade e à divulgação das imagens, que chegaram a circular no Facebook.
A mulher responderá por estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), lesão corporal (art. 129), registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B) e divulgação de cena de estupro (art. 218-C).
A Polícia Civil reforça que a divulgação de conteúdos de violência sexual, em qualquer meio, constitui crime sujeito à pena de reclusão. Quem receber ou tiver acesso a materiais dessa natureza deve denunciar imediatamente às autoridades.