Abril Verde: Como são as normas de segurança da Copa Truck

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Durante o mês de abril acontece a campanha do Abril Verde, que busca conscientizar sobre a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, sendo a data de 28 deste mês, o marco do Dia em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho. A importância da campanha justifica-se pelos números: de acordo com a Previdência Social, foram notificados 7.506.055 acidentes de trabalho entre 2011 e 2022, no Brasil. É preciso, portanto, assegurar o cumprimento das normas de segurança e implantar ações de prevenção.

Como em qualquer outra profissão ou ocupação, a Copa Truck também possui normas de segurança para proteger os pilotos. A história das corridas de caminhões no Brasil está marcada, justamente, por um acidente. Em 6 de setembro de 1987 ocorreu a primeira tentativa de criação da categoria, a I Copa Brasil de Caminhões, que serviria como teste de segurança para o novo modelo.

Na ocasião, o piloto e presidente do Autódromo Internacional de Cascavel, Jeferson Ribeiro da Fonseca, sofreu um acidente fatal na corrida.

A partir de então, as normas de segurança para a categoria tornaram-se essenciais, seguidas com atenção pelos participantes da Copa Truck. “Toda e qualquer ação voltada para segurança preventiva é importante, desde controle de velocidade, controle de jornada, até treinamento para conscientização do motorista”, destaca Ricardo Alvarez, piloto da Tiger Team. Entre as principais normas, está o uso do chamado “santantônio”, barras de proteção antirrolagem, que formam uma espécie de gaiola para proteger os pilotos.

Foram essas barras que protegeram Alvarez em um acidente durante uma corrida. “Já tive uma batida em que a cabine [do caminhão] foi deslocada”, conta, “mas, não saí nem um centímetro da posição em que estava”.

Para evitar fatalidades, a competição exige acessórios obrigatórios aos pilotos, como cinto de segurança de cinco pontos, além do uso de extintor com ação automática, indumentária antichamas, capacete e HANS de fibra de carbono. O HANS (Head And Neck Support) é um dispositivo de segurança para os pilotos em formato de U, que se encaixa sob a nuca e os ombros e é ligada ao capacete.

Os caminhões também têm suas especificações alteradas para se tornarem veículos de corrida. Uma das mudanças mais radicais é a das pastilhas de freios, que precisam aguentar temperaturas muito maiores do que nas vias comuns. Em média, na cidade, as pastilhas podem chegar a picos de 250 a 300 graus celsius. Já na Copa Truck, chegam a superar os 850 graus e trabalham durante a prova entre 400 e 700 graus celsius.

Mesmo com os perigos que envolvem todos os tipos de esporte, fica claro como a competição tem padrões pensados para proteger os competidores e garantir a segurança e saúde de todos. Para Ricardo Alvarez, os padrões são até maiores do que em vias comuns, geralmente guardadas apenas por muretas e grades de proteção. “A pista tem área de escape, brita [fragmentos de rochas duras] e os pilotos contam com equipamentos de segurança”, explica Alvarez. “O automobilismo de competição, apesar da alta velocidade, é muito seguro”.

Ricardo Alvarez é empresário transportador e piloto de automobilismo. Já foi campeão da 500 km Endurance, da Stock Car Paulista e das Mil Milhas do Brasil. Atualmente, disputa a Copa Truck.

Fonte – Assessorias de Imprensa

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