Algumas mulheres podem perder urina involuntariamente ao fazer exercícios físicos, tossir ou rir. A incontinência urinária de grau leve é um distúrbio que pode manifestar-se tanto em mulheres mais maduras – quando a incidência é maior -, mas também pode acometer as jovens. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa e em 40% das gestantes. Além da gravidez e do parto, as causas são inúmeras, como obesidade ou tosse crônica em fumantes.
As mulheres são as mais afetadas pelo distúrbio, duas vezes mais que os homens, a SBU estima que 10 milhões de brasileiros sofram com algum grau da disfunção. Se não tratados, os sintomas iniciais da incontinência urinária podem evoluir para graus mistos e de urgência, quando o paciente não consegue controlar a bexiga. Tradicionalmente, o tratamento é cirúrgico, com exercícios para fortalecer a musculatura pélvica ou com o uso ininterrupto de medicamentos. Recentemente, um procedimento conhecido da estética vem sendo utilizado para corrigir graus leves do distúrbio. “O laser pode ser uma opção para essas mulheres, as sessões estimulam o músculo aumentando o tônus muscular e auxiliando na contração da uretra”, conta Adriana Lopes, ginecologista e obstetra, que trabalha com procedimentos de estética íntima feminina.
Cada caso precisa ser previamente avaliado e diagnosticado, no entanto em geral são indicadas de três a cinco sessões, realizadas em consultório. Adriana explica que costuma recomendar o tratamento multidisciplinar, aliando o laser aos exercícios pélvicos. Além de solucionar a queixa, as sessões previnem a incontinência e evitam que ela evolua para casos cirúrgicos. “Os procedimentos de rejuvenescimento vaginal, como o laser são menos invasivos que as cirurgias e também causam pouca ou nenhuma dor. Em alguns casos, eles podem evitar que a paciente passe por uma cirurgia quando usados de forma preventiva”.